A Liturgia é o exercício do sacerdócio de Jesus Cristo. É a ação de Cristo Sacerdote e do seu corpo que é a Igreja; a ação mais sagrada e mais eficaz: nenhuma outra ação da Igreja se iguala à ação litúrgica em eficácia. Nela se realiza a santificação da Humanidade e a glorificação de Deus; objetivo final de toda atividade da Igreja. (Cf. SC, 7).
Para isso, é preciso garantir o direito e o dever da participação plena, consciente e ativa do povo cristão nas celebrações, incrementando ainda mais a ação da Pastoral Litúrgica na Igreja. Pois, a Liturgia, embora não esgote toda a capacidade de ação da Igreja, é, com certeza, “o cume para onde converge toda a ação da Igreja e a fonte de onde brota toda a sua força”. (Cf. SC, 10)
O que fazer:
- A Pastoral Litúrgica Diocesana seja constituída pelos coordenadores de cada paróquia juntamente com o coordenador geral, reunindo-se periodicamente para trabalhar atividades conjuntas.
- Seja criada a Pastoral Litúrgica Paroquial constituída pelos coordenadores das Equipes de Liturgia das comunidades e o coordenador paroquial.
- Especial cuidado merece a formação das pessoas, que exercem diversos ministérios (leitores, acólitos, “equipes de liturgia”, animadores…), sem as quais não será possível uma celebração comunitária viva e ordenada. Em cada comunidade haja uma equipe da Pastoral litúrgica ou equipe de celebração.
- A celebração não se improvisa, sobretudo a Liturgia da Palavra. Escolher e preparar os leitores, para que a proclamação da Palavra não seja deturpada e possa chegar ao conhecimento da assembleia de uma maneira clara.
- A Eucaristia merece a nossa reverência e o nosso louvor, seja dentro ou fora das celebrações. Por isso, as âmbulas e cálices devem ser de material sólido e digno, evitando-se vasilhas de plástico e lata. O sacrário seja de material sólido e fixo e sua chave seja bem guardada.
- Quanto à Celebração do Sacramento da Penitência, tenha-se como principio fundamental, que a confissão individual e íntegra e a absolvição constituem o único modo ordinário de perdoar diante de Deus o pecado grave. Que os sacerdotes aproveitem os tempos fortes (Quaresma/Páscoa e Advento/Natal) para uma adequada catequese e preparação para o sacramento da reconciliação e atendimento de confissões dos fiéis. Louváveis são as iniciativas dos “mutirões de confissões”.
- Seguindo as orientações da Igreja, as confissões ditas “comunitárias” sejam celebradas por motivo justo e urgente no caso de acúmulo de fiéis. Mesmo assim, os pecados graves deverão ser confessados numa próxima confissão individual.
- O mandamento da Igreja determina e especifica a lei do Senhor: “Nos domingos e nos outros dias festivos de preceito os fiéis têm a obrigação de participar da missa”. A participação na celebração comunitária da Eucaristia dominical é um testemunho de pertença e de fidelidade a Cristo e à Igreja.
- Valorizar o empenho das comunidades que se reúnem para a Celebração da Palavra de Deus com a distribuição da Comunhão Eucarística, quando não for possível, por motivo justo, a presença do sacerdote.
- Através das pregações e catequese, sensibilizar os fiéis sobre o valor e a importância da celebração dominical, de acordo com os apelos da Carta apostólica Dies Domini (O Dia do Senhor). A participação na Eucaristia seja verdadeiramente, para cada batizado, o coração do domingo.
- Que os ministros ordenados e os ministros leigos cuidem apuradamente de esclarecer o povo de Deus sobre a importância e centralidade da Santa Missa, além de esclarecer o valor da Celebração da Palavra de Deus.
- A Religiosidade Popular não é liturgia, mas deve ser valorizada e promovida como expressão da fé e da cultura do povo. Ela, bem celebrada, enriquece o ano litúrgico.
- Zelar pela limpeza e conservação do material litúrgico (vasos sagrados, alfaias, sacrário, etc…).