Pelo segundo ano consecutivo, a Paróquia Nossa Senhora da Conceição celebrou o dia de Santa Dulce, padroeira da Fraternidade Santa Dulce dos Pobres em Angra dos Reis, criada em 2019, ano de sua canonização. A programação religiosa incluiu o Tríduo (de 10 à 12 de agosto), visita da imagem peregrina nas comunidades, ladainha, reza do terço e quermesse.
A missa festiva aconteceu nesta sexta-feira,13, às 18h, na Igreja Matriz e foi presidida pelo pároco, Frei Marcelo de Jesus.
Em sua mensagem, frei Marcelo destacou o amor de Santa Dulce pelos pobres, e seu gesto concreto de caridade. “Amar com o amor de Deus não é uma experiência humana, mas Divina”, afirmou o frei. Ele disse ainda que, Santa Dulce fez de sua própria vida a esmola, entregou-se totalmente aos pobres.
Frei Marcelo lembrou também que uma recente pesquisa revela que 40 mil alimentos são jogados no lixo, enquanto 25 milhões de pessoas poderiam comer. “Se alguém morre de fome, é porque nem eu e nem você demos a eles de comer”, falou o Frei. E concluiu rezando: “que possamos seguir o exemplo de Santa Dulce de ajudar os mais necessitados”.
Ao final da santa missa, os novos membros da Fraternidade receberam a fita como sinal de compromisso ao lema: Amar e Servir”. Segundo o fundador da Fraternidade Santa Dulce dos Pobres, Zélio Nascimento, ao todo já são 68 integrantes nessa irmandade. Além das orações, missas e reuniões, os voluntários ajudam na alimentação que são doados a população de rua. Se você deseja colaborar, entre em contato com a secretaria da paróquia: 24-3365-0778
Durante a celebração do tríduo, houve a benção da imagem da Santa Dulce dos Pobres, que em breve ocupará o altar da capela Santa Isabel, no Hospital da Santa Casa de Angra dos Reis.
Santa Dulce, a Primeira Santa Brasileira
Nascida em 26 de maio de 1914, na cidade de Salvador, Maria Rita começou a manifestar interesse pela vida religiosa desde cedo, ainda no início da adolescência. Aos 13 anos de idade, já atendia doentes no portão de sua casa, no bairro de Nazaré. Sempre com muita fé, amor e serviço, o Anjo Bom iniciou, na década de 1930, um trabalho assistencial nas comunidades carentes, sobretudo nos Alagados, conjunto de palafitas que se consolidara na parte interna do bairro de Itapagipe, na capital baiana.
Em 1949, Irmã Dulce ocupou um galinheiro ao lado do convento, após a autorização de sua superiora, com os primeiros 70 doentes. A iniciativa marca as raízes da criação das Obras Sociais Irmã Dulce, instituição que abriga hoje um dos maiores complexos de saúde 100% SUS do país, com 3,5 milhões de procedimentos ambulatoriais por ano.
Irmã Dulce faleceu no dia 13 de março de 1992, aos 77 anos, e foi canonizada no dia 13 de outubro de 2019, sendo oficialmente, a Santa Dulce dos Pobres, a primeira santa brasileira.
Confira os vídeos e fotos no facebook da pascom angra
Colaboração: Edinho Lima, Lucas Dutra, Breno Santana, Dalizania Melo e Thiago Moraes