A Pastoral da Educação em parceria com a Pastoral familiar promoveu no dia 04 de março, na Catedral São Francisco Xavier, o Seminário: Ideologia de Gênero: com a palavra a Igreja Católica. É desejo que esta parceria seja cada fez mais fecunda pelo bem de uma Educação Plena.

Seminário lotou a Catedral São Francisco Xavier na manhã de sábado
Dom Antonio Augusto Dias Duarte, Médico e Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, nos concedeu a Graça de refletir um assunto tão desafiador. Com serenidade, muito conhecimento científico pelas bases da Medicina, Antropologia, Filosofia e Teologia, o Bispo prendeu a atenção de 160 pessoas que compareceram, entre elas crianças que acompanhavam suas famílias. A dinâmica do Seminário consistiu em Palestra e sessão de perguntas e respostas. Após a escuta atenta, os participantes, por escrito ou de forma direta, fizeram suas indagações. Todas foram respondidas com conhecimento de causa e ternura, gerando um clima de muita concentração.

Dom Antônio Duarte e o pequeno Emanuel
No intervalo e no final, todos se dirigiam a Dom Antonio Augusto para tirar fotos, dar um abraço, agradecê-lo, receber orientações. Ele, como sempre, atencioso e simples. Uma pena o tempo ter sido tão corrido. Por isso, que em destaque, divulgamos a foto de Dom Antonio com o pequeno Emanuel, que já é conhecido nos eventos. Junto com sua família renova nossas esperanças no futuro.

Os bispos Dom Antônio e Dom Ubiratan posando com o grupo da Diocese de Nova Iguaçu
Estiveram presentes durante todo Seminário o nosso Bispo Dom José Ubiratan Lopes e Pe José Eduardo de Moura Lima, Coordenador de Pastoral e Assessor Eclesiástico da Pastoral da Educação.Também tivemos a honra de receber um grupo da Diocese de Nova Iguaçu para conosco vivenciar este momento.As Edições Paulinas foi grande parceira neste evento e entregou a cada participante um kit de pasta, caneta e bloco, além de montar o estande com obras sobre o tema outros assuntos.
Dom Augusto tem sido uma voz que nos esclarece pontos acerca de vários temas ligados à moral que são envolvidos por várias ideologias, entre elas, a Ideologia de gênero. Alguns pontos que têm sido refletido pelo Bispo:
- “Deus os criou homem e mulher…”. Essa afirmação bíblica é o ponto de partida para se viver, com sabedoria e liberdade, a identidade sexuada e a orientação que dela se origina, e dar a luz que esclarecerá a inteligência das pessoas, que buscam conhecer quem são e quais suas dimensões mais valiosas.
- Presente em todas as partes e denominando-se a si mesmo como um progresso cultural, pedagógico e jurídico, a Ideologia de Gênero não permite nenhuma outra visão diferente da sexualidade humana. Utilizando-se de estratégias bem planejadas e aplicadas nos três grandes campos de formação da opinião pública – educação, mídia e entretenimento, os ideólogos de gênero querem desconstruir a identidade do homem e da mulher, com um objetivo bem determinado: a formação de uma sociedade sem casamentos, sem família natural, sem distinção de idades, sem respeito à natureza humana, sem educação para a maturidade sexual e, finalmente, a criação de um mundo polimórfico no sexo.
- O polimorfismo sexual é o alvo principal da Ideologia de Gênero. Para os seus pensadores e defensores não há mais homem nem mulher desde a sua concepção, mas sim indivíduos humanos, que prescindindo de sua natureza biológica e física, têm a liberdade de escolherem a sua identidade sexual, a que quiserem, de darem a orientação sexual que viverão, de combinarem, sem restrições éticas, as formas de relacionamentos sexuais que mais lhe apetecerem.
- E o mais perigoso nessa escolha autônoma é que todas essas “novas formas” de ser pessoa, com a diversidade sexual querida, têm o mesmo valor antropológico e ético, e devem ser reconhecidas públicas e legalmente numa “sociedade evoluída”.
- A Ideologia de Gênero não só destrói a família, não só desrespeita a dignidade do homem e da mulher, mas não dá espaço para a consciência humana julgar, com imparcialidade, o que é o bem e o mal em matéria da sexualidade humana.
- O caminho para esclarecer e imunizar as inteligências das crianças e dos jovens, da classe política e dos professores, do povo e dos formadores da opinião pública começa pelo empenho constante dos pais e das pessoas de boa vontade em favor da formação extensa e profunda no conceito de natureza do homem e da mulher, do valor da paternidade e da maternidade, da grandeza e do papel social do casamento e da família, da necessidade de uma sociedade realmente humanizada e humanizadora.
- Como acontece com todas as ideologias enganosas, a ideologia do gênero não surgiu no horizonte cultural por geração espontânea. Várias correntes de pensamento contribuíram com diversos elementos e entre eles destacam-se a revolução sexual, a filosofia da desconstrução da cultura judaica-cristã, os existencialistas ateus, o feminismo radicalizado e depreciativo e as políticas anti-vida. Por isso mesmo essa ideologia não deveria ter um espaço tão amplo num plano nacional de educação.
- A educação não deve – não pode – ser entregue nas mãos desses “pseudo- mestres” de “verdade geradas” na penumbra das idéias e das opiniões tão alheias à dignidade da inteligência e da liberdade humana.
- O empenho formativo é o caminho mais eficaz para que a Ideologia de Gênero perca essa sua arbitrariedade orgulhosa, que a faz “dona” de uma visão progressiva do sexo nunca antes presente na história do mundo. Sem essa formação antropológica e humanitária, é muito fácil cair nas falácias dessa ditatorial ideologia.
- A educação autêntica de um povo reclama uma imparcialidade ideológica. Educação, sim! Ideologias, não! É um sonho, mas um sonho também realizável no nosso país, se as famílias e as religiões presentes no Brasil defenderem seus filhos e crentes.