Na catedral, o bispo diocesano, dom José Ubiratan Lopes celebrou neste sábado,23 de maio, missa festiva pelos 40 anos da Diocese de Itaguaí. Em cerimônia privada, apenas os padres, diáconos, seminaristas e a equipe litúrgica participaram deste momento especial que foi transmitido ao vivo pela internet.
Em sua homilia, dedicada ao histórico da Diocese de Itaguaí, desde a sua criação até os tempos de hoje, dom Ubiratan destacou a homenagem a dom Vital Wilderink, fundador e primeiro bispo desta diocese. Ao final da Santa Missa, houve o momento de oração diante da urna, instalada na própria Catedral diocesana, onde se encontra os restos mortais do ex-bispo homenageado , dom Vital.
Em seguida, os sacerdotes, juntamente com dom Ubiratan, se reuniram para um almoço de confraternização no salão paroquial.
Fotos: Alessandro Andrade- Pascom Catedral da Paróquia São Francisco Xavier
Redação: Dalizania Melo
Histórico da Diocese
Desde o ano de 1972 a Diocese de Itaguaí já estava sendo pensada. A evangelização desta região do litoral sul-fluminense era feita pelas Dioceses de Nova Iguaçu e Volta Redonda-Barra do Piraí.
Com a construção da estrada Rio-Santos previa-se o desenrolar de rápidas mudanças nessa região, devido ao crescimento industrial e populacional, com todas as suas implicações.
A Igreja deveria estar presente neste processo e para isso os Bispos Dom Waldyr Calheiros de Novais e Dom Adriano Hipólito não mediram esforços para que se efetivasse a criação da Diocese de Itaguaí. Já desde 1974, Frei Vital João Geraldo Wilderink, O.Carm., residia no Convento, em Angra dos Reis e atuava como vigário episcopal da região litorânea da Diocese de Volta Redonda-Barra do Piraí.
Em 05 de junho de 1978 ele é nomeado Bispo Auxiliar dessa Diocese pelo Papa Paulo VI e no dia 01 de agosto é nomeado vigário episcopal de Itaguaí por Dom Adriano Hipólito.
A Sagração Episcopal de Dom Vital se realizou no dia 13 de agosto de 1978 em Volta Redonda.
Estes fatos foram significativos para marcar a criação da Diocese de Itaguaí, que se deu aos 14 de março de 1980 pelo Papa João Paulo II, através da Bula “GravissimusSupremi”.
O território da Diocese foi formado pelos municípios de Itaguaí e Mangaratiba, desmembrados da Diocese de Nova Iguaçu e pelos municípios de Angra dos Reis e Paraty, desmembrados da Diocese de Volta Redonda-Barra do Piraí. Acrescenta-se atualmente o município de Seropédica, emancipado de Itaguaí no ano de 1995.
Geograficamente ela está situada no sudeste do Estado do Rio de Janeiro e faz divisa com as Dioceses de Nova Iguaçu, Volta Redonda-Barra do Piraí, Caraguatatuba (SP) e Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro. Sua população em 1980 era estimada em 182.438 habitantes. Atualmente a população é de 378.389 numa superfície de 2.670 Km2.
O decreto de criação da Diocese foi publicado no dia 23 de abril de 1980 e Dom Vital foi nomeado o seu primeiro bispo.
No dia 22 de junho de 1980 houve a instalação canônica da Diocese de Itaguaí e a tomada de posse do seu primeiro Bispo, na Catedral São Francisco Xavier.
Após dezessete anos no governo da Diocese, Dom Vital renuncia, no dia 08 de julho de 1998, para poder fazer a experiência como eremita, passando a residir em Lídice.
Assume ao governo Diocesano, como Administrador Diocesano, o Pe. Francisco Biasin, durante três anos. Atualmente, Dom Francisco Biasin é Bispo da Diocese de Pesqueira – PE.
Aos 17 de novembro foi eleito Bispo Diocesano de Itaguaí o FreiJosé Ubiratan Lopes (OFMCap). A sua Consagração ocorreu no dia 20 defevereiro de 2000, vindo tomar posse da Diocese de Itaguaí no dia 19 de março do mesmo ano.
A realidade sócio-cultural e econômica da Diocese é muito diversificada. Cada município possui um colorido todo especial. A pastoral de conjunto reúne os seus esforços para atender os diversos setores com as suas diferenças específicas.
Nela estão presentes: a Universidade Federal Rural em Seropédica, o Porto de Itaguaí, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), o Estaleiro de Construção Naval e Jacuecanga, a
Eletronuclear (Angra 1 e Angra 2), a presença de duas comunidades indígenas “Guarani” em Bracuí e Paraty-Mirim.
Além do continente, a Diocese é composta de 365 ilhas, umas habitadas e outras não. Muitas delas possuem comunidades, já organizadas, e são assistidas pastoralmente.
Ainda é marcante a realidade rural, as comunidades que vivem da pesca e do seu comércio, comunidades nas periferias com as suas diversas carências. Nota-se um aumento da população com um êxodo das famílias provenientes de outras regiões com a presença das companhias já mencionadas.
A região diocesana é também chamada de Costa Verde pela riqueza das suas florestas e montanhas, fauna e cachoeiras, que acompanham a orla marítima. A beleza e a ecologia são causa de um grande turismo tanto nacional como internacional. Quem ainda não ouviu falar nos atrativos da Ilha Grande e de tantas outras, na arte barroca e na arquitetura de Paraty e Angra dos Reis.
Diante de tal contexto, a Diocese procura, dentro das suas possibilidades, anunciar o Evangelho e levar a promoção humana, incluindo as diversas comunidades e realidades.