Para nós católicos, a Eucaristia não é apenas um dos sete sacramentos, como o batismo, a crisma, o matrimônio, confissão, unção dos enfermos e sacerdócio.
É o centro da vida cristã, da vivência religiosa pessoal e comunitária.
Corpus Christi é celebrada no mesmo contexto em que foi instituída, por Cristo, na última ceia, quando consagrou o pão e o vinho. Naquela noite, Jesus tinha reunido seus discípulos no cenáculo para o jantar de despedida.
Era ceia pascal, a tradicional celebração dos judeus para rememorar a libertação do povo hebreu da escravidão do Egito. Cuidou para que tudo estivesse preparado: a mesa, o cordeiro, as ervas, os pães, o vinho… Na acolhida, lavou os pés de cada um dos apóstolos, atitude característica da vida de quem não veio para ser servido, mas para servir.
Aproveitou-se daquele momento para fazer um gesto que lhes deixaria marcas profundas quando pegou o pão e depois o cálice com vinho e deu a cada um com as palavras que se repetem nas missas: ”Isto é meu corpo, isto é meu sangue que entrego por vós”! E acrescentou com o pedido: “Fazei isso em minha memória”!
Desse pedido de Jesus vem a importância que a Igreja dá à celebração da missa.
É o memorial da libertação da humanidade da escravidão do pecado pela imolação do Cordeiro de Deus!
A vida cristã está marcada pela morte e ressurreição do Senhor. O Batismo marca o nascimento para uma vida diferente. Pela Eucaristia é alimentada, pelo testemunho, sua morte é lembrada e a ressurreição proclamada como também a ressurreição da humanidade libertada!
Corpus Christi é um dia especial para festejá-la com a solenidade que não caberia no clima da Semana Santa.
As procissões eucarísticas sobre tapetes coloridos, herança piedosa das comunidades para o Bom Pastor, são homenagens àquele que percorre as ruas do mundo em busca das ovelhas afastadas, machucadas e perdidas…
A comunidade se sente motivada a reconhecer a presença de Jesus no meio de nós, vivo e verdadeiro, o único que é capaz de tirar os pecados desse mundo tão desumano e cruel.
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